#100 – Chegar aos 100: o segredo para ter um podcast que gera resultados por anos a fio – com Jayme Kopke
O nosso podcast está em festa. Afinal, não é todos os dias que publicamos o episódio 100!
Para comemorar um número tão redondo, fizemos algo diferente. Neste episódio, o habitual anfitrião – eu – passa a convidado. E quem assume o comando é a Inês Simas, CEO do Departamento de Marketing.
Porquê? Porque, segundo ela própria, foi o nosso Marketing Business-to-Business: o podcast que a inspirou a fazer o mesmo caminho, criando o seu Walking Meeting – que já vai no episódio 32 e que recomendo vivamente. Quanto ao tema da conversa, não podia ser outro: falamos, claro, sobre podcasts.
Mais especificamente, falamos sobre as vantagens de a sua empresa ter o seu próprio podcast. Sobre a nossa “fórmula”, nada secreta, para chegar ao episódio 100. Sobre o que aprendemos nestes 100 episódios, a forma como medimos os resultados e avaliamos se o esforço está a valer a pena.
Além de celebrar um marco importante, o que sempre vale a pena, gravar este episódio foi uma ótima oportunidade para refletir sobre um suporte que nós, na Hamlet, obviamente achamos muito interessante – tanto que, não só temos o nosso, como recomendamos aos nossos clientes que façam o mesmo. Obviamente há um investimento de tempo e de recursos envolvido – e falamos dele no episódio. Mas, na nossa experiência de 100 episódios, o retorno é largamente compensador.
Muito obrigado, Inês Simas, pela generosidade com que conduziu esta conversa.
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Oiça o podcast e descubra:
- As várias boas razões para a sua empresa ter um podcast, já
- O segredo da longevidade: como conseguir que o seu podcast chegue aos 100 episódios – e mais além
- Como simplificar a produção do seu podcast, de modo a não ter desculpas para o continuar a adiar
- Como medir o desempenho do seu podcast. Quais métricas são importantes e quais não
- A resposta para a pergunta “o podcast é um canal saturado ou ainda há espaço para o seu?”
Sobre o convidado:
Empresas mencionadas:
Pessoa mencionada:
Episódios do Marketing Business-to-Business: o podcast mencionados:
- Episódio especial – Se está no B2B, este é o livro que esperava há anos – com André Vilares Morgado
- #9 – Viagem ao cérebro do decisor B2B – com Diana Prata
- #11 – Contar histórias, criar identidade: as lições de um surfista às empresas B2B – com João Kopke
- #18 – Competitive Intelligence: o trunfo das marcas para atravessar a incerteza – com Luis Madureira
- #24 – Marketing: nem um luxo, nem só para as grandes empresas – com Inês Simas
- #25 – Decidir com dados, sem esquecer a intuição – com Luis Bettencourt Moniz
- #52 – Nem dispersos, nem obsoletos: como lidar com a permanente mudança do mundo digital – com Ricardo Tomé
- #58 – Trânsito, arroz e influenciadores – com Nuno Araujo
- #75 – Além das vendas: quando o marketing deve tentar o impossível – com Pedro Dionísio
- #86 – Inovar: o “tempero secreto” da Casa Mendes Gonçalves – com Carlos Gonçalves
- #91 – “A melhor estratégia para a inovação é ter coragem” – com Hugo de Sousa
- #97 – Pilotar aviões, pilotar empresas: descubra as semelhanças – com José Correia Guedes
Podcasts recomendados:
- Walking Meeting
- The Tim Ferriss Show
- The GaryVee Audio Experience
- Hidden Brain
- Hope Is a Verb
- Lifeworlds
Livros recomendados:
- Rory Sutherland – Alchemy
- Jim Highsmith, Linda Luu e David Robinson – EDGE: Value-Driven Digital Transformation
Artigos recomendados para a criação de um podcast:
- Vai lançar um podcast para a sua empresa? 10 pontos a definir antes do primeiro episódio
- Como criar um podcast para a sua empresa B2B – em 8 passos
Ferramenta de edição de vídeo por AI recomendada:
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Com base na transcrição deste episódio, pedimos ao ChatGPT que nos fizesse um resumo da conversa, que pode ler a seguir.
Episódio 100 do Marketing Business-to-Business: o podcast: bastidores, propósitos e lições de consistência
Chegar ao episódio número 100 é um marco significativo para qualquer podcast. No caso do Marketing Business-to-Business: o podcast, esse centésimo episódio foi ainda mais especial: pela primeira vez, o fundador e habitual anfitrião, Jayme Kopke, trocou de papel e sentou-se na cadeira do convidado, entrevistado por Inês Simas, também comunicadora e autora do podcast Walking Meeting.
Neste artigo, trazemos os principais pontos dessa conversa rica, que revelou não só os bastidores do podcast, como também reflexões sobre o papel do podcasting como ferramenta de marketing B2B.
Como tudo começou: da inspiração à prática
Jayme Kopke contou que sua relação com conteúdos em áudio começou muito antes da popularização dos podcasts. Ainda na época das fitas cassete, ouvia materiais de formação e autoaprendizagem no carro — prática que se intensificou com CDs e, depois, com o surgimento dos podcasts. Esse hábito foi fundamental para sua evolução profissional e para o nascimento do Marketing Business-to-Business: o podcast.
Em 2019, quando o podcast foi lançado, falar sobre marketing B2B era quase um nicho, especialmente em Portugal. A motivação inicial foi criar uma ferramenta de conteúdo acessível e eficaz para gerar notoriedade e autoridade junto a uma audiência altamente qualificada.
“Eu sempre entendi que, como empresa pequena, produzir e divulgar conteúdo era uma oportunidade extraordinária para criar audiência e gerar negócios”, afirma Jayme.
O formato: simplicidade e consistência
Desde o início, Jayme adotou uma filosofia clara: não complicar. Ele defende que o segredo da consistência — e da longevidade — está justamente em manter um formato simples, sem deixar que a busca pela perfeição inviabilize o projeto.
Embora os primeiros episódios tenham sido monólogos, rapidamente o formato evoluiu para entrevistas, sempre com foco em conversas que estimulam sua curiosidade pessoal e geram valor para a audiência.
A preparação envolve pesquisa sobre os convidados, levantamento de temas relevantes e elaboração de perguntas. Jayme revelou que, nos últimos tempos, tem recorrido moderadamente ao apoio da inteligência artificial para preparar guiões e transcrições, mas sempre mantendo um toque pessoal.
O impacto: networking, aprendizagem e negócios
Além de fortalecer a marca da Hamlet, agência de comunicação especializada em comunicação de marketing B2B, o podcast proporcionou a Jayme uma rede extensa de contatos e oportunidades. Ele destaca que o podcast é uma “ferramenta incrível de networking”, pois cria um pretexto legítimo para estabelecer conversas relevantes.
Embora a audiência seja relativamente pequena em termos absolutos — cerca de 12.300 streams e quase 500 seguidores — Jayme considera que o impacto qualitativo supera qualquer métrica quantitativa.
“Já ganhámos clientes graças ao podcast. Mesmo que não fosse assim, só o facto de poder ter conversas que me fazem crescer profissionalmente já justificaria todo o esforço”, afirma Jayme.
Principais lições de 100 episódios
- Não complique: comece com os recursos que tem. O essencial é ter clareza sobre quem quer alcançar e com que objetivo.
- Consistência é mais importante do que perfeição: manter uma frequência regular, mesmo que não seja impecável tecnicamente, é mais eficaz do que investir em episódios esporádicos superproduzidos.
- Foco na utilidade, não na audiência de massa: um podcast B2B não precisa ser mainstream para ser bem-sucedido. O importante é ser relevante para a sua audiência específica.
- Networking como um subproduto valioso: o podcast cria oportunidades de relacionamento com pessoas que, de outra forma, talvez fossem inacessíveis.
- Ferramentas digitais como aliadas: softwares de edição, transcrição e clipping podem simplificar a produção e ajudar a manter o ritmo sem grandes investimentos.
Vale a pena lançar um podcast hoje?
Inês provoca: com tantos podcasts no ar, ainda faz sentido criar mais um? Para Jayme, a resposta é clara: sim.
“A mesma pergunta se faz sobre livros, newsletters ou marcas. Sempre há espaço para mais um, desde que seja útil e relevante para alguém”, defende.
Jayme acrescenta que não há necessidade de buscar métricas mirabolantes ou tentar monetizar a iniciativa. No caso da Hamlet, o podcast nunca teve como objetivo gerar receita direta, mas sim criar autoridade, cultivar relacionamentos e aprender.
E o futuro?
Quando questionado sobre os planos para os próximos 100 episódios, Jayme revela que pretende seguir no mesmo caminho: melhorando de forma incremental, experimentando novas ferramentas e formatos, mas sempre com foco na simplicidade e no propósito.
“Não tenho uma meta de chegar a 5 mil episódios ou conquistar audiências em dezenas de países. Quero continuar a produzir conteúdo útil e relevante para quem nos ouve e para a nossa marca”, explica Jayme.
