Esta campanha do IPAM cai na armadilha clássica da comunicação B2B: achar que basta passar uma imagem corporativa, com alguém de gravata e ar de executivo

Qual seria a resposta do seu público alvo a um vídeo onde pudesse ver os benefícios de cada produto ou serviço que lhe oferece, fazendo um simples clique?

É já amanhã, 13 de Julho, que conduzo no Porto o crash course Como Avaliar ideias criativas, promovido pela Associação Portuguesa de Anunciantes no âmbito da Academia APAN.

Talvez por a comunicação ser o terreno perfeito para os mal-entendidos, a relação entre as empresas de comunicação de marketing e os seus clientes nem sempre é uma maravilha. Quem pode dizer que nunca teve clientes difíceis? Veja o que Drayton Bird disse, há muitos anos, sobre eles.    

O anúncio do Festival do CCP reforça o estereótipo do criativo publicitário como um "artista" auto-centrado, consumido por questões cuja importância o público externo não percebe.

É ainda muito frequente reduzir o marketing à publicidade - e esquecer que partilhar know-how pode ser uma maneira muito mais interessante de atrair e cultivar uma audiência até ao ponto em que parte dela fique madura para a primeira compra, o primeiro test drive, o primeiro pedido de informações.

O criador da marca mais reverenciada dos nossos dias explica como se constrói uma marca assim. De passagem fala sobre outras marcas, e presta homenagem à publicidade que as faz viver.

Uma cultura de empresa pode ser criada "by design". Ter um líder capaz de a sintetizar com tanta força como Leo Burnett não é indispensável. Mas ajuda.

Proponho aos anunciantes que não abram nem mais um concurso sem fazer com que as agências paguem por isso. Não falo de preços simbólicos como noitadas, ideias à borla, horas de trabalho e pilhas de material. Falo de dinheiro a sério. Quer entrar no meu concurso? Pague.

Por muito que custe aos criativos publicitários, naturalmente obcecados por tudo o que é original, a publicidade não vive sem uma boa dose de lugares comuns. A reiteração de velhas fórmulas, mensagens e códigos é tão indispensável à comunicação como o seu oposto – a inovação.