É possível fazer email marketing eficaz mesmo com caixas de entrada saturadas?

Muita gente tem anunciado o fim do email marketing – mas a verdade é que essa previsão tem falhado sempre.

Por outro lado, se o fim não está próximo, ninguém tem dúvidas de que o email é um canal de marketing cada vez mais congestionado e difícil de usar

Como todos os canais que atingem a maturidade, o email é hoje muito mais competitivo. Os dias em que era possível disparar qualquer coisa e ter boas taxas de abertura e de cliques já vão longe – se é que alguma vez existiram. Mas isso não significa que os melhores praticantes do marketing digital não continuem a considerá-lo a ferramenta mais valiosa do seu arsenal – mais valiosa, por exemplo, do que as redes sociais.

O email continuará a ser uma peça preciosa do seu marketing – mas só se o usar da maneira correta. Como é que isso se faz? É o que vamos descobrir a seguir.

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MUITA CONCORRÊNCIA? É A VIDA.

Quantos anúncios vê na televisão todas as noites? Quantos outdoors entre a sua casa e o trabalho? Quantos folhetos recebe na sua caixa de correio, e por quantos banners ou links patrocinados passa cada vez que abre uma página online?

Todos os dias são milhares de mensagens publicitárias que tentam chegar ao seu cérebro. Aposto que ignora a maior parte. Mas isto quer dizer que a televisão, o correio, os outdoors e as páginas de internet são meios saturados?

Longe disso. Em todos estes suportes há muita disputa pela atenção da audiência. Mas, se os marketeers continuam a apostar neles, é porque, apesar da competição, continuam a produzir resultados. No meio do enorme ruído, uma pequena parte dessa comunicação consegue furar o bloqueio: há algumas malas diretas que você lê, alguns anúncios ou publicidades a que presta atenção. Alguns até o levam a comprar!

Outro exemplo: quando o Adwords surgiu, era muito fácil conseguir tráfego e vendas usando os links patrocinados. Como havia mercados em que ninguém sequer conhecia a ferramenta, quem chegasse primeiro tinha a vida fácil. Hoje já não é assim. No entanto, os anúncios no Google estão longe de estar saturados: se o Google ganha tanto dinheiro com eles, é porque milhões de anunciantes continuam a confirmar que resultam. Mas não resultam para todos: alguns anunciantes certamente estão a deitar dinheiro fora.

Com o email é a mesma coisa. Todos os dias eu mando para o lixo, sem ler, um monte de emails. Mas há uns poucos que abro, leio até o fim e depois ainda faço o que me pedem: clico nos links, paro nas landing pages e às vezes até compro. Qual é a diferença?_

O PROBLEMA NÃO É O EMAIL: SÃO OS SEUS EMAILS

O problema da comunicação que não funciona – seja na televisão, no Google ou no que for – raramente é do canal. Se o seu email marketing não funciona, provavelmente os seus emails é que não estão a fazer bem o trabalho.

Se, pelo contrário, usar o email marketing corretamente, a tal saturação da caixa de entrada deixa de ser má notícia. Quanto mais conteúdo medíocre houver à sua volta, mais oportunidades os seus emails têm de brilhar.

A pergunta, então, é como conseguir isso. Como fazer com que os seus emails não façam parte da enorme maioria que é ignorada, mas da minoria que é aberta, lida e até esperada pelos seus assinantes?

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PERMISSÃO É ESSENCIAL. MAS NÃO BASTA

A primeira parte da resposta é justamente esta: emails que funcionam são esperados. Para começar, porque entram na inbox com permissão: o assinante deu voluntariamente o seu contacto. Esta, aliás, é uma das vantagens do email sobre outros canais de comunicação.

(Se os seus emails não têm essa permissão – ou seja, se está a invadir a caixa de correio de alguém que não lhe deu os seus dados, não está a fazer email marketing a sério: está a fazer spam. O melhor é parar e voltar ao início, começando por conseguir essa permissão para comunicar).

Mas ter a permissão não basta. Qualquer pessoa que nos é apresentada tem, em princípio, autorização para falar connosco. Mas essa licença pode caducar a qualquer momento: basta a pessoa ser chata, insossa, ou, pior, inconveniente. Ou então passar demasiado tempo sem dar notícias, o que faz com que seja esquecida.

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CONCLUSÃO: NÃO SEJA CHATO. MAS TAMBÉM NÃO CAIA NO ESQUECIMENTO

Imagine que vende soluções de engenharia e os seus clientes são empresas de construção. O típico decisor no cliente é um engenheiro civil, que para receber o seu ebook forneceu os seus dados. Começa a receber os seus emails e logo vê que todos contêm dicas úteis para poupar nos seus projetos.

Além disso, como os emails são bastante regulares e têm um tom pessoal e amistoso, cada vez que o nosso engenheiro os recebe sente que vêm de alguém que já conhece – e em quem confia cada vez mais. Para ele, você não só sabe do que fala como está disponível para ajudar.

Quando esse engenheiro tiver que escolher um fornecedor, a sua empresa estará bem posicionada – mesmo que os seus vendedores nunca o tenham importunado para marcar uma reunião.

Esta é apenas uma situação em que o email marketing pode ser útil: a criação de uma reputação e de um relacionamento. Mas também pode entrar em muitas outras etapas no caminho até a venda. Pode apoiar os seus eventos ou lançamentos. Pode servir para follow-up ou para reativar clientes adormecidos. E pode até ser a ferramenta que fecha o negócio.

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BELA TEORIA. MAS COMO PASSAR À PRÁTICA, COM AS CAIXAS DE ENTRADA TÃO ENTUPIDAS?

Tudo isto, para funcionar, supõe que os seus emails são abertos, lidos e levam a clicar nos seus links. Com as caixas de correio saturadas, como conseguir isso? Pode começar por espreitar o artigo 10 Dicas Para Fazer Uma Boa Newsletter.  Ou entrar directamente em contacto connosco.

 

Publicado originalmente no Digaí

 

Jayme Kopke

Categorias:
content marketing, e-mail marketing, Internet, Marketing Digital
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