12 dicas para o seu email marketing triunfar, mesmo com a concorrência

Em um artigo que escrevi há algum tempo mostrei que a tão falada saturação do email não é diferente do que acontece noutros canais de comunicação de marketing. Como o email marketing tem muitas vantagens, é óbvio que a concorrência nas caixas de entrada aumentou – e hoje é feroz.

Só que isso só acontece porque a recompensa também é grande. Por isso, vale a pena aprender como furar o bloqueio e descobrir o segredo para o seu email marketing triunfar.

Como?  Seguindo estas 12 sugestões para os seus emails terem boas taxas de abertura e cliques – mesmo com toda a concorrência.

1. ESQUEÇA OS 100%

O primeiro passo para ter bons resultados com os seus emails é definir  “bons resultados”.  De forma realista – nunca terá 100% de aberturas ou cliques – e prática: as taxas que tiver só são boas ou más em função do seu resultado final.

Imagine que um dos seus emails tem 60% de aberturas, e outro tem apenas 10%. Só que o segundo gera vendas, e o primeiro não. Qual deles é melhor? É claro que, se pegar no segundo email e o trabalhar de modo a que mais pessoas o abram, melhor ainda: as suas vendas vão aumentar. Mas, como ponto de partida, a taxa mais baixa não significou um resultado pior.

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2. ESCOLHA A AUDIÊNCIA CERTA

Uma explicação muito frequente para ter baixas taxas de abertura e cliques é que os seus emails estão a ser enviados para as pessoas erradas. Por exemplo, você pode ter os emails mais interessantes do mundo sobre pingue-pongue: eles vão falhar redondamente se a sua lista só se interessar por futebol. 

E como conseguir a audiência certa? Recrutando corretamente os seus assinantes. Em vez de atraí-los com um vídeo sobre “Tudo o que sempre quis saber sobre desporto” – que é muito vago – talvez deva ter um sobre “Os 7 segredos dos campeões chineses de pingue-pongue”. Assim, os amantes de futebol ou de snooker não vão subscrever, nem prejudicar os seus resultados.

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3. FALE DO QUE INTERESSA À SUA AUDIÊNCIA

Outra consequência do mesmo princípio é esta: se o denominador comum da sua audiência é pingue-pongue, não desate, nos seus emails, a falar sobre desporto no geral. Os seus assinantes vão perder o interesse. A não ser que identifique – através de um questionário, por exemplo – que esse tema também atrai sua lista, ou pelo menos uma parte dela.

Mas, se for esse o caso, não será melhor criar listas separadas, só com as pessoas que também gostam de vólei ou dominó? Quanto mais  se focar no que realmente interessa à sua tribo, mais ela vai seguir religiosamente as suas mensagens.

 

4. SEGMENTE

 O que decorre da sugestão acima é que uma lista bem segmentada funciona melhor.  Se os clientes da sua loja de animais que têm cães só receberem emails sobre cães – e não sobre gatos ou hamsters – as suas aberturas, cliques e conversões vão melhorar.

Segmentar é trabalhoso, mesmo com uma boa ferramenta de email marketing como o Mailchimp ou o e-goi. Além disso, é um trabalho que nunca acaba: a sua segmentação nunca estará perfeita. Mas quanto mais investir nisso, mais os resultados vão mostrar que vale a pena.

 

5. QUALIDADE OU QUANTIDADE? PREFIRA OS DOIS

 A qualidade da sua lista é definida pelo interesse no seu tema e pela propensão para a compra. Mas dimensão e quantidade também são importantes para os seus resultados.

Se a sua lista de amantes do pingue-pongue for muito homogénea e reativa, mas só tiver 5 pessoas (e todas da sua família), suas vendas não irão muito longe.

A boa notícia é que, quando descobrir o tipo de conteúdo que atrai exatamente a audiência que procura, e souber onde publicar esse conteúdo para que ela o subscreva, tudo o que tem a fazer é mais da mesma coisa. Procure páginas semelhantes que sejam visitadas por esse público-alvo. Reforce a campanha para divulgar o seu conteúdo. Quando encontrar os ingredientes que funcionam, para multiplicar os resultados basta aumentar a dose.

 

6. MAS SE TIVER QUE OPTAR…

Mesmo as melhores listas não se mantêm inalteradas para sempre. Algumas pessoas perdem o interesse. Outras mudam de email sem avisar. E algumas vão mesmo cancelar a inscrição.

Das primeiras vezes que acontecem, os cancelamentos doem: ninguém gosta de ser rejeitado. Mas, pensando bem, são o melhor para todos. Para que continuar a chatear com seus emails quem não tem interesse neles?

Pior é o caso dos que não cancelam, mas deixam de reagir: já não abrem seus emails, não clicam nos links. O que fazer com eles?

Uma opção é tentar reativá-los – seja com um assunto mais bombástico ou polêmico, seja com uma pergunta direta, dirigida só a esse segmento dos adormecidos. Do tipo: “Reparei que não abre os meus emails há algum tempo. Fiz alguma coisa mal? Quer continuar a recebê-los?”.

Caso tudo falhe, uma opção que não deve descartar é eliminá-los da sua lista. É como fazer uma limpeza do sótão. Do dia para a noite isso melhora suas estatísticas – e ficará mais certo de estar a falar para uma plateia que realmente quer ouvir o que tem a dizer.

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7. CRIE CONFIANÇA LOGO DE INÍCIO

A primeira impressão conta muito. Se os primeiros emails que o seu assinante receber criarem logo uma relação de confiança, será muito mais fácil que ele abra os próximos. O contrário também é verdade: se não criarem logo essa confiança, conseguir isso depois será quase impossível.

O momento em que o seu assinante acaba de ceder os seus dados é quando terá a máxima disponibilidade para as suas mensagens. Nunca mais estará tão receptivo. Por isso, essa é a altura de treiná-lo para desejar os seus emails.

Apresente-se. Conte-lhe a sua história. Lembre-lhe as razões pelas quais ele gostou do seu conteúdo. Dê-lhe ainda mais conteúdo de primeira. Diga-lhe o que pode esperar das próximas mensagens. E, se tiver algo para lhe vender, tente fazê-lo logo nesses primeiros emails.

Convém que estes emails iniciais venham muito próximos uns dos outros: um por dia, durante 5 dias, por exemplo. Depois podem ser mais espaçados, mas nos primeiros dias é importante o assinante criar o hábito de esperar pelas suas mensagens.

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8. SEJA PESSOAL

Este foi o tema deste artigo que publiquei há algum tempo aqui no blog da Hamlet. Vá lá que está tudo explicado.

 

9. TENHA CONTEÚDO REALMENTE BOM

Esta nem preciso explicar, certo? É só isso: tenha conteúdo não apenas relevante para a sua audiência, mas realmente bom. Com informação útil, verdadeira, bem documentada e apresentada de forma interessante.

 

10. INVISTA NO COPYWRITING

A qualidade do seu conteúdo diz respeito não só à substância das suas mensagens, mas também à forma. O que passa, no caso do email, por bons assuntos – o segundo fator mais decisivo para a abertura dos seus e-mails. O primeiro é quem os envia – por isso os pontos 7 e 8 são tão importantes.

Mas qualidade significa também saber fazer bons textos, que levem a querer ler mais e a clicar nos seus links. Há alguém na sua empresa com essa qualidade de redação? Possivelmente até há, seja você mesmo ou outra pessoa.

Como o email se presta a uma linguagem muito coloquial, entender dos temas e saber explicá-los pode ser suficiente. Para quem tem ideias claras mas alguma dificuldade em colocá-las no papel, um bom truque é gravar no telemóvel o que tem a dizer. Depois, transcrever a gravação, ajeitar uma vírgula ou outra e está feito. Poupa tempo e pode funcionar: se comunica bem oralmente, os seus emails até vão ganhar com essa espontaneidade.

Agora, se não há ninguém na sua empresa com jeito ou gosto para fazer isso, não hesite em procurar no mercado quem possa fazê-lo. É um investimento que nem precisa ser tão alto, e compensa. A sua audiência vai agradecer – com boas taxas de abertura e cliques.

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11. NÃO SAIA DO RADAR

A frequência de envio é um dos temas que mais se discutem no email marketing. O medo generalizado, principalmente quando se fala tanto em saturação das caixas de entrada, é que uma frequência exagerada esgote a paciência do seu destinatário.

É claro que isso pode acontecer – sobretudo se a sua audiência estiver errada, se o seu assunto for irrelevante, se o seu texto não tiver interesse. Mas, se for assim, mesmo que só envie um email por ano ele não vai funcionar.

O perigo contrário é muito mais real: cair no esquecimento, por não cultivar a relação com o seu público com frequência suficiente. Se os seus emails forem muito raros, muitos assinantes nem se vão lembrar de si e por que razão lhe deram os seus dados.

Drayton Bird tem uma regra que para mim é a melhor de todas: sempre que tiver algo a dizer, diga. E, se quer estar vivo na mente do seu público, o melhor é ter algo para dizer com alguma regularidade.

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12. TESTE, TESTE, TESTE

como saber se os seus textos são bons, se os assuntos são apelativos, se a frequência dos seus envios está ok? Felizmente o email permite ir descobrindo tudo isso com bastante certeza, já que tudo o que faz pode ser testado.

Em dúvida entre um “subject” mais intrigante e outro mais explicitamente vendedor? Teste um contra o outro com uma pequena parte da sua lista antes de enviar o email.

Uma ferramenta de envio de emails como o Mailchimp permite fazer isso com bastante facilidade – não só em relação ao assunto como ao conteúdo, ao dia e à hora do envio e quase tudo o resto. Se fizer esses testes com regularidade, pode ir identificando o que funciona e, aos poucos, melhorando continuamente os seus resultados.

Mas há um tipo de teste que é ainda mais fácil. Não é tão “científico” mas vai ensinar-lhe ainda mais sobre o que funciona ou não no email. Estou a falar de ser você mesmo a cobaia – prestando uma grande atenção ao que o faz abrir ou não um email, lê-lo ou não até o fim, clicar ou deixar de clicar. Anote as suas observações e use-as no seu email marketing. A natureza humana não varia assim tanto, por isso aproveite e seja o seu próprio laboratório.

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Ufa! Já tem aqui muitas dicas para experimentar e melhorar o seu email marketing. Se eu fosse a si começava agora mesmo.

Se está a pensar: “Sim, o email marketing parece fantástico, mas será que se adequa à minha empresa?” – faça este rápido teste autodiagnóstico. As 8 perguntas de escolha múltipla vão ajudá-lo a tirar todas as dúvidas.

E se quiser ajuda para tornar o seu email marketing ainda mais eficaz, fale com a Hamlet.

Obrigado e sucesso no seu email marketing!

 

Jayme Kopke

Categorias:
e-mail marketing, Internet, Marketing Digital
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