Como é que eu sabia?

Há algum tempo atrás, enviei um e-mail aos assinantes da newsletter da Hamlet com um link para este post. O “subject” era: “Como é que eu sabia?” Ou seja, como é que eu sabia que o destinatário acabaria por abrir e ler o e-mail?

Para ser honesto, obviamente eu não sabia – nem podia saber. Como em toda ação de comunicação, ao enviá-lo tinha perfeita consciência de que o meu e-mail poderia ir direitinho para o lixo – sem nunca ser visto por muitos dos seus destinatários.

O mesmo risco, aliás, que corre qualquer anúncio, folheto ou mailing que a sua empresa ponha na rua.

Felizmente, os riscos podem ser geridos. Desde que – como já ensinava Peter Drucker – sejamos capazes de os quantificar.

No caso do tal email, mesmo não fazendo  ideia se seria aberto por cada um dos destinatários, havia algo que eu sabia. Antes de o enviar já tinha uma ferramenta simples e precisa para antecipar quantos dos seus destinatários o abririam. Ferramenta que, além disso, me ajudará a ir conseguindo uma taxa de leitura cada vez maior nas próximas edições da newsletter.

 

E então qual é o truque?

Em duas palavras, chama-se “Testar Antes”. Parece óbvio, eu sei. Mas o facto é que é ignorado pela maior parte dos responsáveis pela comunicação externa ou interna das empresas.

A forma mais básica de fazer isso é o “split test”. É simples: pega-se numa  amostra do universo a atingir e parte-se ao meio. Para cada uma das metades manda-se uma das variantes da mensagem a enviar.  A variante que tiver mais sucesso é a que funcionará melhor na audiência total.  Se a amostra for significativa, a percentagem de sucesso também será parecida.

No caso da newsletter da Hamlet, o que testámos foram dois “subjects”, avaliando qual dos dois gerava a maior taxa de abertura dos emails. De modo que, ao enviar a newsletter com o “subject” vencedor a toda a lista, eu já sabia com uma razoável aproximação quantos dos destinatários chegariam a abri-la.

É uma técnica clássica (foi sistematizada há uns 100 anos por Claude Hopkins) que funciona em todo o tipo de testes. Pode-se testar um produto com nomes diferentes em duas amostras do mercado. No direct mail, sempre foi a forma standard de avaliar ofertas, headlines, layouts e textos, enviando variantes a amostras da base de dados. Com a vantagem de que os resultados espelham o que as pessoas de facto fazem (abrir ou não o envelope, comprar ou não o produto) e não o que dizem que vão fazer.

A boa notícia é que esta técnica de avaliação, que até há uns anos era bastante cara e morosa de executar, é uma daquelas coisas que com a internet se tornaram ridiculamente simples e baratas.

O split test das duas variantes de “subject” na newsletter da Hamlet levou alguns minutos a organizar e os resultados puderam ser avaliados numa questão de horas (o tempo de os destinatários abrirem os emails, permitindo comparar quase em tempo real o sucesso de cada um dos subjects).

A mesma técnica pode ser usada em muitos outros suportes: na avaliação das páginas do seu site, dos melhores assuntos para a sua publicação corporativa, da melhor promessa para a sua campanha de publicidade e muito mais. Mas uma campanha de email marketing é provavelmente onde é mais simples começar a fazer, sistematicamente, split tests à sua comunicação.

Fica a sugestão. E, se precisar de ajuda, fale com a Hamlet.

Jayme Kopke

Categorias:
Business to business, Marketing directo, O mundo online
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