Os 5 primeiros passos para criar a sua base de dados de email

Uma boa base de dados é o principal factor de sucesso para o seu email marketing – e um ativo indispensável para qualquer negócio, digital ou não. Descubra os 5 primeiros passos para começar a construir a sua.

Como mostrei em um artigo publicado há algum tempo, dos três fatores de sucesso para qualquer ação de comunicação dirigida – a lista, a oferta e a forma criativa da mensagem – o mais decisivo é a lista. Ou seja, a sua base de dados de emails.

Logo, se quer fazer do email marketing uma fonte de resultados para o seu negócio, contar com uma boa base de dados é a primeira prioridade.

Mas, para muita gente que gostaria de fazer email marketing e ainda não faz, criar essa base de dados pode ser um pouco assustador. Quando encontramos marketeers digitais que já têm milhares de contactos, a pergunta automática é: como é que eu chego lá?

Felizmente, a resposta é fácil: para chegar lá começa-se pelo primeiro passo. Depois dá-se o segundo. Em seguida o terceiro, e assim por diante.

E, para tornar tudo ainda mais fácil, vou indicar-lhe exatamente quais são esses 5 primeiros passos. Vamos a isso?

Mas antes há um pequeno ponto a recapitular.

 

PORQUE É QUE TER UMA BOA BASE DE DADOS É TÃO IMPORTANTE

Ninguém sublinha com mais clareza a importância de ter uma base de dados de emails e autorizações de contacto do que Russell Brunson. No seu livro Dotcom Secrets (que eu recomendo vivamente) ele distingue 3 tipos de tráfego:

  1. o tráfego que controla – basicamente porque paga por ele, por exemplo em links patrocinados do Google, anúncios no Facebook ou indicações dos seus afiliados.
  2. o tráfego que não controla – são todas as referências ao seu conteúdo em redes sociais, na busca orgânica do Google ou em qualquer plataforma alheia.
  3. o tráfego que possui – ou seja, a(s) sua(s) base(s) de dados.

Para Brunson, o objetivo último dos 2 primeiros tipos de tráfego é canalizá-los para o terceiro. Ao conseguir que um número tão grande quanto possível dos seus visitantes, venham de onde vierem, deixem os seus dados, passa a poder comunicar com eles sempre que quiser. Sem ter de pagar e sem depender do acaso nem de terceiros.

Dan Kennedy usa uma imagem mais crua, mas expressiva, para dizer a mesma coisa. Para ele, o objetivo de qualquer marketing sustentável é conseguir formar “um rebanho” – uma multidão de clientes ou potenciais clientes dispostos a ouvir a sua mensagem. E erguer “uma cerca” à volta dele – ou seja, criar todas as facilidades para que nunca se afaste de si.

Fazer a sua lista ou base de dados de email marketing é um bom começo.

 

OS 5 PRIMEIROS PASSOS PARA CONSTITUIR A SUA BASE DE DADOS DE EMAIL MARKETING

Agora que já sabe o quão importante é ter uma base de dados, só falta passar à prática. Como? Começando com estes 5 primeiros passos.

 

1) Definir o seu público-alvo

Como já mostrei num outro artigo, definir com clareza o perfil de pessoa que quer na sua audiência é indispensável para que os seus emails gerem as respostas que deseja.

A quem deverão chegar os seus emails? Aos proprietários de micro e pequenas empresas, ou a quadros de multinacionais? A homens e mulheres apaixonados por cavalos ou apenas a mulheres acima dos 45 anos e com problemas de coluna?

Conhecer com o maior detalhe e clareza possível esse perfil vai levar a várias outras respostas. Por exemplo, a saber onde e como encontrar essas pessoas.

Mas ainda há um passo a dar antes disso.

 

2) Clarificar os seus objetivos

Para quê mesmo é que precisa de uma base de dados? Já sei, para fazer email marketing. Mas para quê mesmo é que quer fazer email marketing?

As respostas podem ser muito diferentes, por isso é tão importante clarificá-las antes.

Se pretende desenvolver um negócio de infomarketing, o email será indispensável para lançar os seus produtos. Se tem uma loja online, pode usá-lo para comunicar as suas ofertas e promoções.

Mas mesmo que não tenha nem queira ter, para já, um negócio digital, pode usar o email para animar a sua loja física. Ou apenas para manter a sua marca de serviços sempre presente na cabeça dos subscritores. Ao mesmo tempo que cultiva a sua imagem e estreita uma relação de confiança.

Ter claros os seus objetivos é importante porque cada um deles pede uma forma diferente de angariar, qualificar e trabalhar a sua lista.

O que não quer dizer, por outro lado, que esses objetivos não possam mudar. Se a sua loja física é um sucesso tão grande que você decide completá-la com um site de e-commerce, já ter uma base de dados ativa vai ser um grande empurrão na nova fase do seu negócio.

 

3) Escolher a sua ferramenta de envios

Com o seu público-alvo definido e os objetivos claros, o primeiro passo realmente prático é escolher e começar a operar com uma ferramenta de envio. Mailchimp, e-goi, AWeber, Hubspot

As opções são variadas, com diferenças no preço e naquilo que permitem fazer aos utilizadores mais avançados. Pessoalmente, trabalho com o Mailchimp e tenho muitas razões para gostar, mas não há nada como estudar um pouco os diferentes sites e decidir em função do que parecer melhor para o seu caso.

Para utilizadores iniciantes, mesmo as versões gratuitas (ou quase) dessas ferramentas abrem possibilidades incríveis, que não vamos detalhar aqui. Para o tema deste artigo, basta dizer que, para gerir a sua base de dados (registar, armazenar, qualificar, segmentar, etc.), contar com uma destas ferramentas é indispensável.

 

4) Capturar os primeiros contactos

Formar a sua base de dados é como pescar. Imagine que já definiu a espécie de peixe que procura: como o seu produto são planos de saúde para animais, o seu alvo são proprietários de animais de estimação.

Provavelmente já sabe onde encontrá-los – fez essa reflexão ao criar a sua estratégia de negócio, certo? No mundo físico, eles frequentam lojas de animais, por exemplo. Inclusive, se tem uma loja ou escritório, também aparecem por lá.

No mundo virtual, de vez em quando vão ao Google procurar informações ou produtos relacionados com bichos. Andam, como todos nós, nas redes sociais. Alguns mais entusiasmados frequentam fóruns ou grupos do Facebook onde se fala da bicharada. E uns quantos entram no seu site.

Tudo o que tem que fazer é por a sua rede, o máximo possível, nesses lugares – começando pelos mais fáceis e que você próprio controla: o seu site e o seu blog. Se não tiver lá um formulário para recolher contactos está a perder todos os dias uma enorme oportunidade.

Este, aliás, é um dos erros mais frequentes do mundo digital: não ter no seu site um mecanismo de captação de dados. É assim que milhares e milhares de empresas deixam escapar, sem deixar rasto, uma infinidade de leads.

Mas há um segundo erro muito frequente: ter lá o formulário mas não dar ao visitante nenhuma boa razão para preenchê-lo. O que costumo ver em muitos sites é um botão meio escondido que diz “Assine a nossa newsletter”. E só. Por que cargas d’água alguém quereria clicar e deixar o seu email?

Para ficar com o contacto do seu visitante, precisa de dar algo em troca. O mais óbvio é informação que saiba que lhe interessa. Por exemplo: “Veja o vídeo com as 10 dicas para manter o seu cachorro saudável”. Ou, mais segmentado: “O seu cão tem mais de 10 anos? Conheça os 10 cuidados para ele ter uma velhice feliz!”

 

5) Fazer a sua base de dados crescer

Uma vez que tenha identificado o conteúdo ou as ofertas que fazem as pessoas clicar e deixar os seus emails, pode usá-lo em outros lugares além do seu site ou do seu blog.

Pode conseguir que apareçam gratuitamente nos motores de busca ou redes sociais – ou, se quiser acelerar o processo, pode promovê-los como conteúdo pago.

Mas não precisa de se limitar à internet. Na sua loja física, nas feiras ou eventos em que participe, nos seus folhetos ou anúncios em papel, enfim, onde quer que a sua marca apareça, deve aproveitar a oportunidade para captar dados. Cupons, dispositivos eletrônicos, qualquer meio é bom para isso. Sempre com a preocupação de dar algo em troca ao potencial cliente que quer atrair para a sua base de dados.

 

E pronto: agora que já construiu a sua base de dados, é só começar a comunicar sem parar e tirar partido disso para o seu negócio. 

Se tem dúvidas sobre se o email marketing será ou não adequado à sua empresa faça este rápido teste autodiagnóstico. São só 8 perguntinhas de escolha múltipla para tirar todas as dúvidas.

E se quiser ajuda para tornar o seu email marketing ainda mais eficaz, fale com a Hamlet.

 

Jayme Kopke

 

Categorias:
Direct mail, e-mail marketing, Internet, Marketing Digital
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