And the loser is…

Embora há anos se fale no disparate que é o método corrente de selecção das agências de publicidade em Portugal, cada novo concurso para uma conta de alguma dimensão nunca deixa de acrescentar novos exemplos para a antologia do absurdo.

Desta vez é o Turismo dos Açores. Segundo o Meios & Publicidade, das 11 agências em concurso, 11 foram excluídas, por apresentarem alguma inconformidade com o Caderno de Encargos. Como parecem ser todas agências altamente profissionais, com larga experiência nestas disputas, digam lá se não é uma grande coincidência todas terem lido mal ou tratado com descaso os detalhes do dito caderno de encargos. Imagino mesmo que, com o mercado como está, todas terão investido uma extravagância de tempo e recursos para tentar abocanhar os 200 mil euros da criatividade e, quem sabe, algum naquinho dos 800 mil de produção e dos 29 milhões de media.

E todo este esforço, multiplicado por 11, para quê? Para o júri placidamente deitar tudo no lixo e ponderar, como solução, “a adjudicação directa do investimento de 30 milhões de euros na produção turística dos Açores”.

Um desfecho tão incompreensível poderia pelo menos ter uma utilidade. No próximo concurso do género – com tantos participantes que o resultado é uma lotaria, sem fees de rejeição e com cadernos de encargos armadilhados – poderiam recordar mais esta inglória experiência e não se prestar ao papel habitual. Mas, cheira-me, é precisamente o contrário que vai voltar a acontecer.

Jayme Kopke

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