Terá o Power Point assim tanto Power?

As apresentações empresariais, em Power Point ou não, são um suporte vital da comunicação business-to-business. Mesmo empresas cujo público-alvo final é o consumidor têm de recorrer a apresentações desse tipo na fase B2B da sua comunicação, ou seja: quando falam com distribuidores, parceiros, investidores, forças de vendas ou públicos internos.

Apesar disso, este é um suporte a que se dá muito menos atenção do que o necessário. Miguel Monteiro, da Tribe, designer de apresentações e parceiro de longa data da Hamlet, recusa neste post o bode expiatório mais frequente para as muitas más apresentações que se vêem por aí.

Na Comunicação Empresarial (e não só), as apresentações são cada vez mais importantes e frequentes. São inumeráveis as que, diariamente, têm lugar em todo o mundo. As ferramentas disponíveis para “facilitar” a vida dos apresentadores multiplicam-se, mas a mais comum, nas mãos de todos nós, sendo de longe a mais eficiente, é também a mais injustificadamente criticada:

o PowerPoint!

Desde que o “especialista” em Comunicação Visual estadounidense  Edward Tufte lançou o mais descabido dos (pre)conceitos levantados contra uma ferramenta, “Death by PowerPoint”, as ondas de balidos de um rebanho seguidor, contra os “malefícios” do PowerPoint, parecem não ter fim à vista…

À culpa, atribuída pela NASA ao PowerPoint, pelo acidente do vaivém Columbia em Agosto de 2003, ao fracasso das intervenções militares no Afeganistão, apontados por generais das forças armadas dos EUA em 2010, ao ridículo partido suíço Anti PowerPoint Party, vieram agora juntar-se os executivos de topo da General Motors que  responsabilizam o PowerPoint pelas mudanças na sua cultura empresarial, das quais resultaria a sua recente falência.

Porém, alguma vez passou pela cabeça de alguém criticar um mau discurso culpando o lápis ou a folha de papel usados para o escrever?

Um martelo e um escopro, por si só, não fazem dos seus utilizadores, pedreiros nem escultores… ah, mas essas mesmas ferramentas, nas mãos certas, ajudaram Miguel Ângelo a dar a Pietá ao mundo!

Qual martelo e escopro, o Power Point é apenas uma ferramenta, não uma uma varinha de condão que faça o trabalho sozinho e possa ser responsabilizada pelos resultados. De tão aparentemente fácil e acessível, com ela, utilizadores “menos atentos” inundaram o mundo de “coisas” mais do que duvidosas.

Empresas, gestores e outros profissionais responsáveis investem tempo e importantes recursos, humanos e financeiros em investigação, desenvolvimento e concretização de projetos ou produtos. Na hora de estruturar as ações de comunicação, marketing ou publicidade, não o fazem “em casa”, investem em especialistas, agências de publicidade ou de comunicação.

Paradoxalmente, quantas vezes pondo em causa o investimento feito, tantos  agem de forma diferente, menorizando o investimento e desvalorizando um momento fulcral de qualquer projecto – a sua apresentação?

E se, apenas por “economia”, preguiça ou má gestão, os resultados não forem os pretendidos? Tal como nos casos atrás citados, apontarão o dedo à ferramenta que usaram de forma irresponsável?

É que para esses momentos “menores”, também existem especialistas que dominam os “martelos e os escopros” – os Designers de Apresentações, profissionais que optimizam os conteúdos das apresentações dos seus clientes, tornando-os mais eficientes e não apenas “mais bonitos”.

Porque ao contrário do que muitos pensam, Design não é Decoração. Design é desenvolver, dar forma e optimizar uma função e, como em tudo o mais, também em apresentações: O Design faz a diferença!

Uma nota final:

Este texto reflete apenas uma análise e uma opinião pessoais. Aos que as acharem coerentes, espero ter contribuído para lhes despertar a reflexão, aos que as acharem descabidas… sempre poderei culpar o Word em que escrevi o texto!

miguel monteiroMiguel Monteiro
Designer de Apresentações
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Categorias:
Apresentação, Comunicação de marketing, marketing de conteúdos, Marketing Digital, Tecnologia
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