7 dicas para conseguir uma entrevista de emprego via e-mail

O post anterior terminava sugerindo que escolas e Centros de Emprego dessem alguma orientação às milhares de pessoas que todos os dias usam o e-mail para tentar a sorte grande de uma entrevista de emprego. Sugeri que podiam ser orientações muito simples – o que não quer dizer, pelo contrário, que segui-las não dê trabalho ao candidato. Para exemplificar o que tenho em mente, aqui vão algumas:

1. Faça o seu trabalho de casa: informe-se a sério sobre a empresa que vai contactar, a posição que têm para ser preenchida ou, no caso de ser uma candidatura espontânea, o tipo de profissional de que podem vir a precisar.

2. Olhe-se ao espelho: será mesmo você a pessoa indicada para ajudar essa empresa, na função anunciada ou noutra? A sua contratação será mesmo um benefício para a empresa? Se for capaz de convencer disso o seu espelho, vá já para o computador e comece a escrever o seu e-mail. Senão, esqueça o e-mail. Se o seu espelho não ficar convencido, provavelmente o potencial empregador também não ficará.

3. Escreva com a cabeça e o coração, não com o umbigo. Tem bons argumentos a seu favor? Boa. Exponha-os por escrito na sua carta de apresentação. Ao escrevê-la, nunca se esqueça de ter em mente que o mais importante não é o que você fez, o que você sabe, o que você pretende, mas o que o seu empregador ganhará com tudo isso. Ou seja, em que medida as suas qualidades são perfeitas para as necessidades muito específicas daquela empresa em particular. Por isso, se pensava poupar trabalho e ter uma carta única para todas as entrevistas a que quer concorrer, esqueça. Não há duas oportunidades iguais. E conseguir trabalho dá trabalho.

4. Faça um CV sob medida. A carta de apresentação, se chegar a ser lida (e já vemos como garantir que isso aconteça) é o que pode pôr o recrutador realmente desejoso de marcar uma entrevista consigo. Se a carta for bem feita, o CV é uma peça de consulta importante, mas pelo seu próprio formato dá-lhe muito menos liberdade de expor o seu caso de forma a pôr o leitor curioso e ansioso para falar consigo (não seja modesto: é mesmo esse o efeito que você quer conseguir). A internet está cheia de dicas sobre como fazer um bom currículo, vou apenas acrescentar uma: assim como a carta, não o faça igual para todas as entrevistas a que concorrer. Pense, em primeiro lugar, não em si próprio, mas no que pode ser relevante para aquele empregador em particular.

5. Vá direito ao assunto. Qualquer empresa, mesmo a mais pequena, que tenha um mínimo de visibilidade e um endereço de e-mail recebe muitas candidaturas. Como garantir que a sua vai ser pelo menos aberta e lida com alguma curiosidade e atenção?

A primeira coisa de que se tem que lembrar é que um e-mail de candidatura é sempre… um e-mail. E que todos nós tomamos a decisão de abrir ou não os nossos e-mails a partir de duas pistas: quem o envia e o assunto (ou subject, como dizem os americanos). No primeiro item você está mal colocado: é um desconhecido. Mas no segundo pode fazer a diferença. Em vez de usar um subject pouco expressivo e igual a tantos outros, do gênero “Candidatura Espontânea” (duh…), por que não experimenta algo mais específico, que tenha directamente a ver com os argumentos que o seu espelho lhe sugeriu no item 2?

Eu sei, criar um bom subject não é fácil, exige pensar um pouco e eventualmente alguma criatividade. Mas, como já disse alguém (acho que fui eu mesmo) conseguir um trabalho dá trabalho. Duas sub-dicas:

  • pense num subject que usaria num e-mail para os seus amigos. Tenderá a ser mais espontâneo, mais provocativo, com mais hipóteses de funcionar.
  • assine a newsletter da Hamlet. Os nossos e-mails costumam ter uma boa taxa de leitura, e acredito que a forma como fazemos os subjects seja uma razão para isso. Dê uma espreitadela.

6. Aumente a curiosidade do seu recrutador. A sua carta de apresentação pode ser usada no próprio corpo do e-mail, mas o melhor é fazê-la em word ou pdf e anexá-la. Por um lado, torna mais fácil para o recrutador guardá-la e catalogá-la. Além disso, dá-lhe a oportunidade de pôr no corpo do e-mail um texto mais curto que funcione como um teaser – ou seja, que espicace a curiosidade do seu recrutador. Novamente, ao fazer esse texto, o que deve pôr na montra não são principalmente as suas qualidades, o seu perfil, a sua experiência, mas as razões pelas quais aquela empresa específica precisa desse perfil, dessas qualidades e experiência.

7. Identifique os seus anexos. Esta é muito prática. Praticamente todos os candidatos a emprego anexam CVs e cartas de apresentação identificados com nomes tão expressivos quanto “CV.pdf” ou “CartaDeMotivação.docx”. Para o recrutador significa ter dezenas de documentos todos iguais para arrumar. O trabalho de dar nomes aos bois fica todo do lado dele. Facilite desde já a vida do seu futuro chefe: identifique o seu CV como “MariaOliveira.CV” ou “MariaOliveiraCartaApres.docx”. Poupa tempo a quem recruta, que é aquilo que mais lhe faz falta, e ele vai ficar desde já agradecido. É um bom começo para querer falar consigo pessoalmente.

Jayme Kopke

 

Categorias:
Comunicação interna e RH, e-mail marketing, Marketing B2B, O mundo online
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