#102 – O impacto (e os limites) da revolução AI, e como lidar com eles – com Ricardo Rocha

É uma estreia no nosso podcast: pela primeira vez, temos um convidado que já esteve connosco e com quem a conversa foi tão interessante que ficou prometida uma segunda volta. Demorou um pouco, já que estou a falar do episódio 30, gravado em 2021. Mas, finalmente, voltamos a ter como convidado o Ricardo Rocha, Managing Director para a América do Norte e Global Head of Marketing da Noesis.
O lado bom dessa demora é que ela nos permite comparar dois momentos de mudança. Em 2021 ainda estávamos sob o impacto do Covid 19, que para muitas empresas foi um tremendo acelerador da transformação digital. Hoje, o acelerador é a inteligência artificial generativa – que, na visão do Ricardo, terá efeitos muito maiores e mais duradouros do que a pandemia.
Que efeitos são esses, e como não se perder na vertigem das mudanças, foi o tema desta conversa. Em que também falamos das tendências e do seu vaivém, de canais saturados que de repente deixam de estar e das diferenças e semelhanças entre fazer marketing na América ou em Portugal.
Como bónus, o Ricardo lembrou-nos algo que nos temos esquecido de divulgar: a presença do nosso podcast nos voos de longo curso da TAP. Assim, da próxima vez que viajar para longe, vá ao menu de conteúdos, procure Marketing Business-to-Business: o podcast, e já tem com que se entreter.
Ouvir no Apple Podcasts:
Ouvir no Spotify:
Oiça o episódio e descubra:
- O que é o Agentic AI e que impacto terá no marketing
- Que tecnologias devem estar no radar das empresas para não serem surpreendidas pela mudança – e como não se perder entre tantas opções
- Quais são os riscos de um uso acrítico da IA na produção de conteúdos
- Como usar a IA para complementar o trabalho das equipas, e não para as substituir
- Em que campos a IA tem maior potencial de ser útil no marketing
Sobre o convidado:
Empresas mencionadas:
Pessoas mencionadas:
Instituição mencionada:
Ferramentas de AI mencionadas:
Episódio do Marketing Business-to-Business: o podcast mencionado:
Podcasts recomendados:
Para continuar a acompanhar-nos vá ao site da Hamlet e fique em dia com a comunicação de marketing B2B no nosso blog e ao subscrever a Newsletter B2B da Hamlet.
Siga-nos também no LinkedIn, Instagram e Facebook.
Com base na transcrição deste episódio, pedimos ao ChatGPT que nos fizesse um resumo da conversa, que pode ler a seguir.
Como a IA está a transformar o marketing B2B
Nos últimos anos, o marketing digital mudou de forma silenciosa — mas radical. Ferramentas com inteligência artificial passaram a integrar (ou substituir) processos de criação, análise, planeamento e operação. Para Ricardo Rocha, Global Head of Marketing da Noesis e responsável pela operação da empresa nos EUA, esta não é apenas mais uma “tendência”. É uma viragem de época.
A comparação com o impacto da pandemia é inevitável. Mas, desta vez, a mudança não foi imposta por crise — veio da inovação. E exige uma nova atitude: mais estratégica, mais consciente e mais colaborativa entre humanos e máquinas.
Novo papel da IA no marketing?
A IA pode escrever textos, gerar imagens, fazer relatórios e até otimizar campanhas sozinha. Mas, como lembra Ricardo, isso só tem valor se for usado com propósito. O profissional de marketing que quiser continuar relevante não precisa competir com a IA — precisa de a usar como um copiloto. E assumir o lugar de curador: alguém que sabe fazer perguntas, escolher caminhos e dar contexto ao que a máquina propõe.
Porque se todos publicam conteúdos gerados por IA… o que diferencia a sua marca?
Como evitar o caos digital no marketing
Com a multiplicação de plataformas e soluções “mágicas” com IA, a tentação é experimentar tudo. Mas isso pode levar a um caos tecnológico, com riscos de segurança, sobreposição de funções e perda de coerência interna.
A sugestão de Ricardo: começar pequeno, com um problema real e mensurável. E resistir à ideia de que mais tecnologia significa, automaticamente, mais resultado. Sem uma estratégia clara, IA é só mais ruído.
Diferença do B2B entre Portugal e os EUA
A experiência de liderar uma “startup dentro da empresa” nos Estados Unidos trouxe outra perceção: lá, o marketing é mais valorizado. Equipas maiores, mais especializadas, mais próximas da decisão. Em algumas empresas, existem duas direções distintas — uma para branding e outra para lead generation.
Em Portugal, essa maturidade estrutural ainda é rara. Mas o primeiro passo já está a acontecer: reconhecer que não basta “fazer umas campanhas”.
E quando o problema não é o marketing?
A política e a geopolítica também entram na equação. Tarifas, incertezas e cortes no setor público e privado já estão a afetar investimentos. Ricardo conta que alguns projetos em carteira foram adiados — não por falhas no marketing, mas por prudência dos clientes.
Neste cenário, o papel do marketing é continuar a construir visibilidade, relação e confiança. Porque parar de comunicar é dar espaço à concorrência.