Marketing de Influência: e não é que funciona nas empresas B2B?
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Nos últimos anos, os profissionais de marketing têm recorrido cada vez mais ao marketing de influência. No entanto, ele aparece mais vezes associado às empresas B2C. É natural: como falam com audiências maiores, a atenção que recebem também é maior. Mas estes três exemplos vêm mostrar que as marcas business-to-business também podem usar esta ferramenta para ganhar mais visibilidade e atingir bons resultados de marketing.
Por Marluce Rosa
Marketing de influência: já deve ter ouvido falar dele.
Consiste em promover produtos e serviços através de influenciadores – pessoas com acesso a uma audiência que as reconhece como exemplos a seguir.
O número de influenciadores explodiu nos últimos anos, à medida que o comum dos mortais passou a poder criar e difundir todo o tipo de conteúdos via Internet. Multidões de bloggers, youtubers, instagramers e afins passaram a povoar um cenário mediático muito mais rico e pulverizado.
As marcas de grande consumo já há algum tempo descobriram o poder dos influenciadores. Com eles, ganham visibilidade a custos normalmente mais reduzidos do que através da publicidade. E beneficiam da credibilidade dos tais influenciadores, cujas recomendações, à partida, encontram menos resistência do público-alvo do que a venda explícita.
Mas as marcas B2C não são as únicas a usar esta ferramenta: também há muitas marcas B2B a comunicar com o público através do marketing de influência.
Os três exemplos a seguir, que fui buscar ao Entrepreneur, mostram como o estão a fazer (e muito bem, na minha opinião):
O LinkedIn desenvolveu um guia que ensina os marketers a tirar o máximo partido da plataforma. Mas não o fez sozinho: resolveu consultar alguns dos influenciadores que fazem sucesso na rede.
No fim de cada capítulo, pediu a estes gestores e autores reconhecidos na área do marketing digital e das redes sociais que respondessem a perguntas do público-alvo.
Como explica o artigo, recorrer a esses influenciadores cumpriu dois objetivos. Primeiro, aumentar a credibilidade do guia com a voz de experts sem ligação direta à rede social. Segundo, ampliar o seu alcance, já que os influenciadores promoveram o guia entre os milhares de seguidores que compõem as suas audiências.
American Express
A American Express quis incentivar o uso dos decalques de montra da marca nos estabelecimentos de pequenos comerciantes. Para isso, lançou a campanha “Love My Store”, em parceria com as bloggers Grace Bonney e Emily Henderson.
A primeira desenhou seis novos decalques para as lojas e a segunda fez uma série de vídeos com dicas de design para os pequenos comerciantes.
A campanha resultou na distribuição de 400 000 decalques e teve 5 milhões de impressões nas redes sociais, segundo este outro artigo que também a cita como exemplo.
Sales Force
A Sales Force é a empresa americana de referência em CRM e sistemas de apoio à venda e o seu CEO, Marc Benioff, é visto como uma autoridade na área da tecnologia.
Com quase 1 milhão de seguidores no Twitter – pode espreitar a conta aqui – Benioff promove causas e lança discussões que lhe dão visibilidade a si e à organização.
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Ou seja, o próprio CEO da empresa é um influenciador que atrai reconhecimento para a marca.
Estes três exemplos mostram como as B2B também podem usar influenciadores para ganhar visibilidade, aumentar a credibilidade dos seus produtos e serviços e fazer a sua audiência agir sem usar aquela promoção agressiva que, muitas vezes, afasta o interesse do target.
E de facto, especialmente no business-to-business, o marketing de influência é uma ferramenta a ter em atenção.
Em primeiro lugar porque os budgets para as campanhas das marcas B2B costumam ser mais baixos comparativamente aos das marcas de grande consumo, e o marketing de influência pode ter custos reduzidos.
Depois porque tal como os influenciadores, as marcas business-to-business dirigem-se a nichos. Portanto, escolhendo os influenciadores certos, que se dirigem ao seu nicho, as marcas estão a aplicar uma espécie de filtro que aumenta a probabilidade da mensagem chegar às pessoas certas.
Por último, o marketing de influência pode melhorar os resultados da comunicação porque ter uma cara a representar a marca humaniza-a.
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E já Claude Hopkins, pioneiro do marketing que inventou e aperfeiçoou inúmeras das estratégias que se usam até hoje, defendia essa tática, pois o público mais facilmente confia noutras pessoas do que numa marca enquanto entidade abstrata.
Isto é ainda mais relevante no ramo business-to-business, onde as decisões de compra acarretam maior risco. Por isso, comunicar através de um influenciador, que dá a cara pela marca, pode proporcionar mais segurança ao target na hora de decidir comprar um produto ou serviço.
Vistos estes exemplos, o que achou deles? Conhece outros que queira partilhar connosco? E a sua empresa, como é que olha para o marketing de influência?
Deixe-nos o seu comentário.