Uma pessoa que deveria ser despedida do seu marketing
Não se assuste. Não conheço a sua equipa de marketing e comunicação nem sou intrometido a esse ponto.
A pessoa de que falo é simplesmente a primeira do plural.
Aquela de que tantas empresas abusam na sua comunicação.
“Nós somos isto”. “Nós fazemos aquilo”. “Estes são os nossos valores”. “Conheça a nossa história”.
É compreensível. Falarmos de nós próprios é uma tendência natural.
Afinal, somos aquilo que mais nos interessa no mundo, não é verdade?
Acontece que os seus potenciais clientes – aqueles que a sua comunicação quer atrair – têm exatamente a mesma característica.
Interessam-se sobretudo por si próprios.
Daí que, se o objetivo é interessar esses clientes, a melhor comunicação não é a que fala de “nós”.
Mas deles.
Dos seus desejos. Dos seus problemas. E das soluções que a sua empresa lhes pode oferecer.
Ou seja, a melhor comunicação não é a que fala na primeira pessoa, mas na segunda.
É claro que, de vez em quando, falar de si próprio também faz falta.
Mas como fazer isso sem entediar a audiência, que quase sempre começa a bocejar quando ouve um autoelogio?
Uma das maneiras, mais uma vez, é fugir da primeira pessoa. E convocar a terceira.
Em vez de falar bem de si próprio, pôr terceiros a fazer isso por si.
O testemunho de um cliente satisfeito (como estes) é sempre muito mais credível do que qualquer coisa que a sua empresa diga enquanto se admira ao espelho.
Resumindo: para melhorar a sua comunicação de marketing, dispense a primeira pessoa. Promova a segunda. Sem se esquecer da terceira.
E, se precisar de ajuda para fazer isso, conte com as pessoas aqui da Hamlet.