Como usar o digital para um marketing mais rápido e mais barato
Com as eleições autárquicas à porta, lembrei-me de partilhar uma intervenção que fiz no início de 2013, a convite do João Pinto e Castro, para um grupo de políticos e militantes partidários.
A ideia era mostrar como usar na campanha pré-autárquica as ferramentas do marketing online mais elementar, ou seja, os recursos digitais gratuitos a que qualquer pessoa tem acesso.
O vídeo acima (assim como este a seguir, que já tinha partilhado há algum tempo, com um trecho diferente da mesma apresentação) obviamente não foi gravado no próprio evento: é a gravação de um ensaio, na Hamlet, para uma plateia bem mais reduzida.
E o que é que me leva a pôr aqui estes vídeos caseiros de um ensaio, feitos com um iphone numa sala mal iluminada e obviamente sem produção profissional?
Simplesmente estou a aplicar o que recomendei nessa mesma apresentação – e que vale não só para os tais políticos mas para quem quer que faça marketing.
Com as ferramentas digitais de que qualquer um dispõe hoje, partilhar conteúdo relevante tornou-se extremamente fácil. A palavra-chave, no entanto, é “relevante”: algo com interesse real para alguém. Se for assim, provavelmente até haverá tolerância com defeitos técnicos e de produção.
O mundo não tem falta de vídeos muito bem produzidos, com todo o verniz a que têm direito. Muitos anúncios são assim – e a maioria é solenemente ignorada. Um vídeo caseiro com uma cena engraçada ou informação útil tem mais hipóteses de ser visto pela audiência para quem foi criado do que uma superprodução vazia.
O que é que isso traz às empresas (ou aos políticos) que fazem marketing? Não só a óbvia possibilidade de contornarem limitações financeiras (muito importante tanto para uma junta de freguesia como para uma microempresa) como, principalmente, velocidade.
Poder falar com um público-alvo mais vezes, sobre mais assuntos relevantes, com um tempo de implementação muito menor, é a enorme vantagem do digital – e que a maior parte das empresas ainda não aproveita. E isto vale tanto para as pequenas, com orçamentos mínimos, como para as médias e grandes.
Jayme Kopke
da Hamlet