O maravilhoso mundo dos QR Codes chegou para ficar, mas nem tudo ainda é um mar de rosas.

Esta semana dei com um anúncio da BRISA, na revista do Expresso, que me chamou a atenção. Um QR Code remetia para uma app gratuita a instalar num smartphone, sendo que essa aplicação daria informações “ao vivo” sobre o trânsito nas auto-estradas portuguesas (incluindo visionamento de filmagens online). Fiz logo a experiência de ler o código com o meu Iphone (que tem uma app instalada para esse efeito) e… nada. Ou melhor: remeteu para um link que, por sua vez, não remeteu para nada. Para tirar teimas, ainda fiz a experiência de ir directamente ao site através do Ipad mas sem mais sucesso.

Há anúncios de imprensa que falham por não ter uma promessa clara, mas não foi o caso. A promessa, além de ser clara, era relevante (pelo menos para mim). Mas, para o anúncio ser eficaz, isso pode não ser suficiente. Alguns elementos têm, de facto, a capacidade de “emperrar a máquina” fazendo com que os objectivos definidos não sejam atingidos.

Acontece que o timing para eu, e provavelmente mais algumas centenas/milhares de pessoas, instalarmos a aplicação perdeu-se. Não sei quando me vou lembrar de voltar a tentar fazê-lo e o entusiasmo também não será o mesmo (nada me garante que vá funcionar da próxima vez).

Podemos concluir que a BRISA desperdiçou o seu dinheiro ao comunicar um serviço interessante mas que não está operacional. E o mais irónico é que o headline do anúncio diz “Fim das obras de beneficiação na app iBRISA”. Pelos vistos as obras ainda não acabaram mas a BRISA ainda não o sabe!

Manuel Caetano
da Hamlet