10 sugestões para a sua empresa ter um grande Natal
Já não dá para fugir. O Verão passou, as férias foram-se, as folhas caem, os saldos acabaram: definitivamente, vem aí o Natal. Se a sua empresa ainda não pensou nisso, o melhor é fazê-lo já.
Como vai ser a festa deste ano? Outra orgia indigna de ponche, assédio sexual e embaraço?
E o postal, o postalinho de Natal: outra vez meninos da Unicef, estrelinhas, leitos de palha com quadrúpedes, renas, versículos em itálico? E as prendas para os clientes — a garrafa de porto, o cabaz, o invólucro de pele para os cartões, o torturador de frutos secos — há ou não há? E vamos decidir na véspera, como o ano passado?
OK, ok, nada de pânico: ainda vai a tempo de escapar desse lado mais sombrio do Natal. Para lhe dar uma ajuda, aqui ficam 10 dicas da Hamlet para a sua empresa preparar um Natal sem stress e em grande:
1. Agarre a oportunidade. Para o resto do mundo, o Natal é tempo de paz e harmonia entre os homens. Para si é também uma oportunidade valiosa de retomar o contacto com clientes antigos, apaparicar os actuais, surpreender os prospects, reforçar laços com colaboradores e parceiros. Pense nesta época como uma oportunidade, e não a deixe fugir.
2. Não seja oportunista. Comemorar o Natal não é obrigatório. Se a sua empresa vai celebrar esta data, seja no seu lado religioso, seja na sua simples dimensão de renovação de um ciclo, convém que acredite a sério no que está a festejar. Se é a união de todos, a alegria, a confiança no futuro ou qualquer outro valor, só vale a pena se for verdadeiro. O Natal é, com certeza, uma excelente oportunidade para a sua comunicação interna, institucional e comercial. Mas se for visto apenas assim, a sua comunicação vai soar tão falsa como um Pai Natal de shopping center.
3. Prepare-se. As festas de fim de ano podem ter muitos defeitos, mas ninguém as pode acusar de ser imprevisíveis. É das poucas coisas que, mesmo em Portugal, dá para organizar com muuuita antecedência. Não deixe tudo para a última hora. Se ainda não planeou o que vai fazer, ainda vai a tempo.
4. Inove. As tradições, quando estão vivas, mexem-se. Crie acções de comunicação que respeitem o espírito da época mas que também reforcem a sua marca. Não pense em mandar postais, pense em proporcionar experiências – mesmo que partam de um mero postal. De preferência, experiências que, para os seus públicos-alvo, se pareçam com aquela velha sensação de abrir a prenda ao pé da árvore – ainda se lembra como era?
5. Olhe para trás. Os finais de ano são uma boa oportunidade para fazer um balanço. E, sobretudo na comunicação interna, fazer regularmente um ponto de situação – sublinhar as vitórias conjuntas, aplaudir quem mereceu, contextualizar as dificuldades e, especialmente, ouvir – é fundamental para manter a sua equipa coesa e motivada. Envolva os seus colaboradores – e eventualmente também clientes e parceiros – nessa ocasião simbólica. Também aqui, inove. Se usa os media sociais, crie por exemplo uma página no Ning, onde recolherá insights preciosos que reforçarão na sua equipa o sentimento de ser uma verdadeira comunidade.
6. Olhe para a frente. Esta é também uma boa ocasião para toda a empresa pensar em conjunto onde quer estar daqui a um ano. Principalmente nestes tempos de incerteza, saber que há um rumo é fundamental para os colaboradores e inspirador para clientes, accionistas, formadores de opinião. Mas, ao passar essa mensagem, não se esqueça que esta é em primeiro lugar uma época de festa e de reforçar laços afectivos. Em vez de um discurso formal na festa da empresa, ou do postal com as fórmulas do costume, porque não gravar um pequeno vídeo com uma mensagem curta e bem pessoal, para colocar no Youtube ou no site da empresa?
7. É Natal. A prenda conta. Você imagina a Apple a oferecer agendas ou calendários numa festa de Natal? Pense nisto: quais são os valores da sua marca? Rapidez? Serviço? Inovação? Ecologia? Em qualquer dos casos existe um presente que sublinha esses valores e os mantém onde devem estar: na cabeça dos seus funcionários, fornecedores e clientes.
8. Mas o embrulho conta ainda mais. Passada a festa, a caixa de bombons pode já estar vazia, o livro “de prestígio” já arrumado na prateleira, o espumante já foi para o vidrão e até a ressaca já passou. Mas se a a forma como foram “embrulhados” estes presentes era relevante e memorável, a sua mensagem vai manter-se viva muito para lá do dia de Reis. Especialmente neste período de contenção, lembre-se: se precisar cortar, até pode cortar na prenda. No “embrulho”, ou seja, na comunicação que a acompanha, é que não. Uma lembrancinha basta – se for acompanhada de uma mensagem forte, ajustada à sua marca e expressa de forma a ser lembrada e falar às emoções.
9. Fale com a Hamlet. A sério que ainda não pensou em nada para este fim de ano? É Natal, estamos aqui para ajudar.
10. Tenha um Feliz Natal.
São os votos (adiantados, eu sei) do
(com a ajuda de Luís Jorge – Redactor, colabora frequentemente com a Hamlet)