O poder do marketing viral
Longe vão os dias em que, para criar notoriedade para uma marca, se usava mass-media sem pensar sequer se havia outras formas de chegar ao objectivo. Nos dias que correm, a variedade de meios e tecnologias que temos à disposição (não só dos anunciantes mas também dos utilizadores) permite-nos ser muito mais criativos na estratégia de media a utilizar.
Eu cá gosto de ser surpreendido pela criatividade onde não espero encontrá-la.
Veja-se este caso da Air New Zeland: trata-se de um filme para apresentar aquelas regras de segurança básicas que nos cansamos de ver sempre que apanhamos um avião. Só que, desta vez, não é apresentado pela vistosa hospedeira do costume (ou vistoso Stewart, que elas também merecem). Quem nos faz a apresentação é o elenco em peso de um dos mais bem sucedidos filmes neozelandeses de sempre: o Senhor dos anéis (do também neozelandês realizador Peter Jackson).
O filme tem graça, está bem realizado (não… não pelo Peter Jackson) e, definitivamente, surpreende. Veja-o aqui:
Então e qual será o objectivo? Os passageiros passarão finalmente a saber como pôr a máscara de oxigénio? Não me parece. O filme é simplesmente colocado no You Tube e, depois, posto a circular através da internet (obrigado redes sociais!).
Resultado: em menos de um ano, o vídeo foi visto cerca de 11 milhões de vezes, só no You Tube (ao que temos de somar as vezes que foi visto noutros sites). E o custo de media? €0. É quanto custa abrir uma conta no You Tube, fazer o upload do vídeo e disseminá-lo pelos canais electrónicos adequados.
Digam lá se não é poderoso. Tão poderoso que nem o Gandalf, o branco, consegue fumar num avião.
Manuel Caetano
da Hamlet