11 dicas para escrever na internet com resultados
Num post recente prometemos detalhar algumas das boas práticas que o marketing online herdou do marketing directo, quando se trata de escrever para ter resultados.
Prometido é devido, por isso aqui vão elas.
- Conheça o seu interlocutor. É de bom senso: quanto mais você souber sobre a pessoa com quem está a falar, mais eficaz será a sua escrita. Só que dá trabalho: exige informar-se, pesquisar, ouvir. A vantagem, no online, é que há muitas ferramentas para escutar o que pensam e desejam as pessoas. Uma delas é básica: chama-se “perguntar”. Pode fazê-lo através de inquéritos, do formulário de inscrição da sua newsletter, do email… Outra opção é simplesmente observar o comportamento do seu público: onde clica, que páginas visita, que palavras-chave digita nos motores de busca. O importante é não começar a escrever nem uma linha sem ter um retrato pelo menos aproximado da pessoa com quem quer falar.
- Conheça o seu assunto. Também requer trabalho de casa. Pesquise, informe-se, estude, tenha a matéria na ponta do cursor. Se tem um produto para vender, convém saber tudo, mas mesmo tudo, sobre ele: a forma como é ou pode ser usado, a sua história, a da concorrência… Qualquer dado, enfim, que possa ser transformado em informação relevante para o seu público – com base no que descobriu, seguindo a dica anterior, sobre os seus interesses e desejos.
- Fale de benefícios – não de atributos. Para um potencial comprador é indiferente que a sua máquina tenha menos parafusos que a da concorrência – a não ser que você lhe explique de que forma isto lhe vai poupar tempo e dinheiro em manutenção. Este benefício – e não os atributos, por mais fantásticos que lhe pareçam, do seu produto – é que tem que ser destacado no seu site, no seu email ou em qualquer peça da sua comunicação.
- Interrompa. Ninguém vai ler o seu banner, o texto do seu site, o seu anúncio no motor de busca a menos que repare nele. E que perceba que aquela mensagem é para si. Por isso, antes de entrar no assunto tem que conseguir chamar a atenção – o que normalmente vai conseguir com um bom título. Seja o subject do email, a frase do banner, o título do vídeo, tem que haver uma frase capaz de puxar pela manga o internauta distraído e obrigá-lo a querer saber mais. Ter uma imagem pode ajudar, e muito. Mas indispensável, mesmo, é o título.
- Não tenha medo dos textos longos. Há assuntos que exigem argumentações longas. O marketing directo sempre soube disso – e o marketing online voltou a confirmá-lo. O facto de o espaço e o tempo serem tão mais baratos veio dar nova vida aos textos longos. Naturalmente eles não são adequados a todos os serviços e produtos. Mas sempre que haja uma compra com algum risco, alguma complexidade técnica e que exija envolvimento do cliente (o que é frequentemente o caso no B2B), o texto longo vai funcionar melhor.
- Permita uma leitura a duas velocidades. Editores de revistas e jornais sempre souberam que os textos com alguma dimensão têm que estar preparados para dois tipos de leitura: a que percorre o texto linha a linha e a que apenas o sobrevoa em diagonal. Para a primeira existe o texto completo. Para a segunda existem os subtítulos e as legendas das imagens. Nunca faça um texto longo sem usar subtítulos. E, sempre que usar imagens (o que é aconselhável), ponha-lhes legendas para as transformar em verdadeiros ímãs para a atenção do leitor
- Não tenha medo dos textos curtos. Eu disse que havia muitas escritas digitais. A net é a terra dos textos longos, mas também é a pátria dos tweets e dos pequenos anúncios de 140 caracteres. Aprenda a sintetizar.
- Diga o que quer que o seu leitor faça. Quer que ele clique aqui? Que peça mais informações? Que ligue já? Que assine a newsletter? Que faça uma encomenda? Que responda ao inquérito? Então diga. Ponha uma voz de comando (ou, em bom português, um “call-to-action”) no seu email, ou num local bem destacado da sua página online. Nem toda a gente fará o que você pedir. Mas, se não pedir, aí é que ninguém o fará mesmo.
- Use listas. Há quem teorize que elas reforçam a nossa sensação de controle sobre o mundo. Eu não sei bem, mas o facto é que os leitores, online ou não, adoram listas. Por isso, sempre que puder organizar o seu conhecimento num rol numerado (do tipo “11 dicas para escrever com resultados na internet”, ou “Os 4 segredos da boa escrita online”), faça-o.
- Teste. Qual é o título mais convincente? Que subject leva mais gente a abrir o email? É melhor “esta incrível promoção” ou “esta sensacional oferta”? O que gera mais doações: as três linhas com a imagem do cãozinho ou os 10 parágrafos com a história da vida dele? Eu também não sei. Mas sempre podemos fazer um teste. Com a internet testar tornou-se muito mais fácil. Não testar tornou-se um perfeito disparate
- Fale com a Hamlet. Online ou offline, a nossa especialidade é produzir comunicação que funciona. Por isso damos muita atenção à qualidade dos nossos textos e à sua adequação aos diferentes suportes – seja um anúncio, uma publicação editorial, uma campanha multimedia. E não somos nós que o dizemos: são os nossos clientes. Quer melhorar a sua escrita online? Fale com a Hamlet.